sábado, 4 de outubro de 2014

Faculdades Virtuais

Texto: Pedro Cardoso da Costa (*)

Esta discussão é daquelas que envolve a todos e cada um tem uma posição a defender, como em quase tudo, baseada no interesse próprio mais imediato.

Os críticos fervorosos entendem que ninguém é capaz de assimilar conteúdos meramente descritivos apenas pela leitura, pesquisas, buscas e experimentos práticos só pela internet. Para esse perfil, o aluno só aprende se levar duas horas num transporte caótico, ficar quatro horas sentado numa cadeira, anotando os apontamentos expostos numa lousa ou quadro negro, como preferem os mais saudosos.

Não consideram nem que a presença física de um professor, geralmente um semideus na matéria, pode inibir e bloquear o entendimento mais do que a leitura isolada, como permite o computador, com debate com outros alunos no mesmo nível e com as mesmas dificuldades.

Na exposição presencial, o professor cita as várias versões e conclui com a posição que ele defende ou adere, aquela seguida pela maioria, a mais correta, a mais precisa, a mais técnica, a mais eficiente, a mais justa. A mais, a mais, a mais...

Desconsideram até que atualmente há recursos audiovisuais nos quais o aluno pode repetir o assunto que tenha dúvida reiteradas vezes, sem atrapalhar outros como ocorre numa classe com vários colegas. Pode ser acrescido de gráfico, de vídeo de casos práticos, sem dúvida com ampla vantagem, pois ali ele está só, com concentração total.

Na aula presencial, o aluno depende do tempo do professor, quando o aluno perde ou chega atrasado numa aula, perde a matéria do dia, fica atrasado com relação aos demais colegas e o professor não dispõe de tempo para dar exclusividade ao aluno que possibilite se recuperar.

No estudo pela internet, por conta própria, tudo que foi dito se inverte. O tempo é o do aluno, ele consolida seu próprio conceito a partir da comparação entre os autores, não sofre constrangimento nas suas exposições.

Por tudo isso, é incompreensível que seja tão tímida a disponibilização de cursos, mesmo privados, pela rede mundial de computadores.

O governo federal, os estaduais e até os municipais deveriam criar sites de faculdades gratuitas para todos os cursos, sem limite de acesso e disponível a todos. Caso não seja possível, ao menos que a limitação seja na casa dos milhões permitindo que aqueles que queiram estudar o façam de onde tiver um computador. A avaliação para atestar o conhecimento ficaria a critério dos órgãos oficiais. Pelo grau de rejeição, no início, poderia ser presencial, já que a sociedade mundial tem necessidade de reconhecimento e aferição.

Todo conhecimento deveria ser o mais difundido possível. Nos letreiros de rodoviária, de metrôs, de trens, em outdoors, em panfletos, enfim, em tudo que possa repassar uma mensagem educativa. 

(*)  Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP -  Bacharel em direito

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Informação Pública: Um Direito Seu

Fonte: AMARRIBO

Na luta contra a corrupção a informação é uma arma poderosa. Quando o acesso à informação é prejudicado, corruptos conseguem esconder provas e evidências de crimes cometidos. É por isso que legislações fortes, que garantam o direito do cidadão obter a informação que precisa, são fundamentais, garantindo assim o controle social e a prestação de contas.

A informação também é fundamental para que as pessoas possam tomar decisões corretas. Aqueles que possuem acesso privilegiado a informações podem exigir propina de outros que estão buscando tal informação. Serviços básicos de saúde e educação podem ser negados devido à falta de informação sobre seus direitos. Os governos podem ainda controlar ou censurar a mídia e assim esconder suas ações, evitando denúncias.

Quando nosso direito de saber é negado, nós não podemos fiscalizar os políticos, suas ações e decisões. Da mesma forma, não podemos tomar uma decisão verdadeiramente consciente quando votamos, por exemplo. Se a informação não é pública nossa participação social é limitada e nós não sabemos o que realmente acontece.

Semana passada o Paraguai se tornou o 100º país a ter uma Lei de Acesso à Informação – uma conquista da sociedade civil que pede maior transparência e participação nos governos de todo o mundo. Em 1994, apenas 15 países tinham legislação sobre o tema. O Brasil possui sua Lei de Acesso à Informação (LAI) desde 2011. Mas ainda existem muitos países onde a cultura do sigilo prevalece, não só pela ausência de um mecanismo jurídico que garanta esse direito, como pela fraca implementação das leis.

Ontem, dia 28 de setembro, é comemorado o Dia Internacional do Direto a Saber. Uma vez garantido esse direito, as pessoas participam mais e dessa forma conseguem não só combater como prevenir a corrupção. Porém, é importante ter claro que esse é um processo de mão dupla. Não basta cobrarmos transparência e informação. Os governos devem sim divulgar suas informações de forma clara e transparente. Mas a sociedade também precisa participar e utilizar essas informações, fazendo uso do seu direito e exercendo o controle social.

Por esse motivo reafirmamos nossa luta pelo direito de acesso à informação para todos. A AMARRIBO Brasil/Transparência Internacional defende não só leis fortes que garantam o acesso à informação, tanto em nível federal como local, como sua forte implementação, para que assim os cidadãos exerçam o seu direito de saber com segurança e eficácia.

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

Onde Votar ou Justificar

Aplicativo da Justiça Eleitoral ajuda a encontrar o local de votação ou de justificativa 
 
Fonte: TSE - Tribunal Superior Eleitoral
 
Já está disponível para ser baixado em smartphones e tablets o aplicativo “Onde votar ou justificar”, criado pela Justiça Eleitoral para facilitar o acesso do eleitor brasileiro ao local de votação e aos postos de justificativa, caso esteja fora do seu domicílio eleitoral.

O aplicativo funciona como um guia que auxilia os eleitores que estão em dúvida sobre a zona ou seção em que votam. Ele traz o endereço dos locais de votação e dos postos de justificativa em todo o Brasil, permitindo ao cidadão fazer a consulta de forma rápida e segura, diretamente das bases nacionais da Justiça Eleitoral.

Após baixar o aplicativo, para consultar o local de votação é necessário digitar o nome completo ou o número do título de eleitor, a data de nascimento e o nome da mãe. Essas informações, de caráter personalizado, são solicitadas para assegurar a origem da pesquisa e preservar o eleitor.

Para os eleitores que estão fora de sua cidade no dia da votação, o mesmo aplicativo permite consultar a relação dos locais de justificativa por Unidade da Federação (UF) e por município. No dia do pleito, a critério de cada Tribunal Regional Eleitoral, as seções de votação poderão funcionar como local de recebimento de justificativas, conforme a Resolução TSE nº 23.399. No TRE do Distrito Federal, por exemplo, as seções eleitorais não receberão a justificativa nestas eleições, mas é possível localizar os postos espalhados pela cidade como em shoppings, rodoviárias e centros comunitários.

Os eleitores que se cadastraram para votar em trânsito também poderão utilizar a ferramenta para visualizar o local destinado a exercer o direito de escolher seu candidato a presidente da República.

Instruções

O aplicativo “Onde Votar ou Justificar” está disponível para as plataformas Android e iOS. O interessado pode baixá-lo pelas lojas Google Play e iOS App Store.


terça-feira, 30 de setembro de 2014

PTB de Ubatuba Recebe Hoje o Candidato a Deputado Federal Luiz Carlos Motta

Fonte: PTB Ubatuba

Hoje à partir das 21 horas, nós do PTB de Ubatuba, teremos a honra de receber a visita do amigo, Luiz Carlos Motta, presidente licenciado da Federação dos Empregados no Comércio do Estado de São Paulo, (Fecomerciários) e candidato a Deputado Federal representando o nosso PTB.

A visita acontecerá na sede do nosso partido, sito à Rua Conceição, 949, Centro - Ubatuba - SP. Conto com a presença dos amigos e amigas!!!

Anderson José Rodrigues - Tato
Presidente do PTB de Ubatuba

Vote em Quem Demonstra Acreditar em Sua Cidade

Texto: Marcos Leopoldo Guerra

No próximo domingo, dia 05 de outubro, ocorrerão as eleições para Presidente, Senador, Governador e Deputados Federal e Estadual. A grande maioria da população, segundo as pesquisas de intenção de voto, já escolheu seus candidatos a Presidente, Governador e até mesmo Senador. A grande dúvida permanece com relação aos Deputados Federais e Estaduais.

Em cidades pequenas como Ubatuba o eleitor fica ainda mais confuso, pois no período eleitoral há uma enxurrada de candidatos, trazidos pelos mais diferentes grupos e com um número imenso de promessas, muitas delas totalmente absurdas e inexequíveis. Em meio a uma imensidade de placas, folhetos e santinhos o eleitor se depara com a difícil missão de escolher entre o novo ou reeleger àqueles que pleiteiam mais um mandato.

A figura do Deputado Federal é ainda algo distante do eleitor, porém no que se refere a escolha de Deputado Estadual há a possibilidade de uma análise da vida do candidato ou de suas realizações, nas hipóteses em que o mesmo pleiteia a reeleição. Quando o eleitor opta pelo novo, não há o que falar ou comentar, haja vista que cada um acredita naquilo que quer ou lhe convêm. Já nas hipóteses de reeleição há a possibilidade de separarmos o joio do trigo.

Apenas a título de exemplo dos critérios que devem ser seguidos pelo eleitor, na avaliação do candidato a deputado estadual merecer ou não ser reeleito, é possível citar situações reais de Ubatuba, onde podemos comparar realizações decorrentes do bom senso e de uma visão mais ampla da realidade e das necessidades da população, com realizações insignificantes, pífias, próprias de politiqueiros que pensam enganar a população com esmolas.

A moradia digna é uma das condições indispensáveis para a inserção do cidadão na sociedade. Nesse sentido as ações da Companhia de Desenvolvimento habitacional e Urbano do Estado de São Paulo - CDHU são um exemplo a ser seguido e respeitado. O Deputado Estadual Campos Machado é sem a menor sombra de dúvidas o principal articulador entre os municípios e o Governo do Estado no sentido de ampliação do número de unidades colocadas à disposição dos cidadão de baixa renda ou em situação de risco e vulnerabilidade. Esse tipo de trabalho realizado por Campos Machado traz mais resultados práticos do que políticos, haja vista o esforço despendido entre a ideia inicial e a entrega efetiva das unidades habitacionais. 

Cabe ao eleitor priorizar quem durante seu mandado deu prioridade para os cidadãos e para as necessidades básicas da cidade. Entregar uma van ou uma ambulância a cada dois anos qualquer um faz e sequer precisa ser Deputado para tal. Por outro lado alterar a realidade de cidadãos, provendo-lhes um mínimo de dignidade é tarefa para poucos. Quando moradias do CDHU são entregues toda a cidade ganha e não apenas àqueles que receberam os imóveis, haja vista que a existência de moradores em áreas de risco ou de preservação permanente é prejudicial ao município como um todo, afetando até mesmo o turismo.

segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Qualquer Medo é Superável

Texto: Pedro Cardoso da Costa (*)

Não se refere a nenhum dos candidatos à Presidência da República, como Lula assombrou a atriz Regina Duarte na campanha eleitoral em 2002. Trata-se de meu medo de dirigir, que resolvi enfrentá-lo para valer aos 52 anos de idade.

Por mais que as pessoas me questionassem, nunca soube o fato gerador desse medo, como acredito que a maioria não saiba as razões das suas fobias.
Em regra, dirigir é algo que se aprende de forma quase automática. Os jovens e até crianças começam com a lavagem do carro do pai, do irmão mais velho, de um parente ou até do patrão.

As mulheres não passam por esse mesmo processo. Primeiro, porque há um certo desinteresse dos pais em ajudar as filhas. Já para os meninos é encarado como mais um item de afirmação da masculinidade. Logo, logo, com aquele carro, o machão estará pegando todas. É o que pensa a maioria dos pais. Menina, também, não é companhia do pai no jogo de futebol nem em pescaria.

Há uma gradação sobre o medo de dirigir. Entrar num carro já gera um desconforto mortal. Ao ligar, então, começa a fase do desespero. Não posso falar por todos, mas a maioria que não dirige tem muitas características e pensamentos semelhantes.

Meu medo começava pelo tamanho; se os carros fossem menores... Depois, aquele carro em disparada, freio não funcionando, assim como em cenas de alguns filmes. Quando era jovem não pensava em dirigir porque carro era algo distante de mim. Quando adquiri condições de comprar, adiei por vários anos porque tinha coisas mais importantes. A filha, a faculdade, a casa própria, só para ficar nesses exemplos.

Quando comprei, foi para a esposa, pois precisaria mais do que eu. Os amigos, em tom de deboche, alertavam-me sobre a possibilidade de minha filha dirigir antes de mim. Dezoito anos passam rápido... e aconteceu. E, eu, no depois disso, depois daquilo, e nada.

Várias tentativas de dirigir acompanhadas com pessoas conhecidas, que não recomendo a ninguém que tenha medo excessivo. Como último recurso, tentei instituições especializadas. Até que, em janeiro de 2013, cumpri a promessa que já me fazia há mais de 30 anos. Fui à unidade da clínica Cecília Bellina, na Vila Mariana. Foi exatamente no dia oito de janeiro daquele ano.

Dia da entrevista, as justificativas de sempre para me isentar de culpa, a aula-teste e, depois de várias etapas e de um ano e nove meses muitas explicações pelas falhas, pelas decepções, eis que estou dirigindo para o serviço, para a casa de amigos e parentes, enfim, fazendo o que é preciso com um carro. Ainda tímido, inseguro, mas certo de que sempre tive a capacidade de conduzir um carro.

Um pouco arrependido por não ter enfrentado antes. Só perdi. Mas orgulhoso por ter superado algo que nunca imaginei pudesse suplantar. E, se sugestão servir para alguma coisa, dizer às pessoas que enfrentem seus medos o mais cedo possível e não deixem de fazer nada por algum tipo de fobia.

Abrir mão de fazer alguma coisa pela consciência, em respeito a princípios, é aceitável e compreensível; mas apenas pelo medo, jamais. Como eu, qualquer pessoa tem condições de dirigir e de superar qualquer outro pavor.

Hoje, minha sensação de realização é simplesmente indescritível.

(*)  Pedro Cardoso da Costa – Interlagos/SP -  Bacharel em direito