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quinta-feira, 10 de março de 2011

Novo Blog em Ubatuba

Muitos me procuraram sobre a súbita e sem explicação retirada de meu nome (Marcos Guerra) como colunista da revista eletrônica O Guaruçá. A imaginação das pessoas é fértil e como já disse  que onde falta informação se abre espaço para a imaginação e muitas vezes até mesmo para a malediscência. Por incrível que possa parecer chegaram até mesmo a dizer que eu e o único editor de O Guaruçá havíamos chegado às vias de fato na Câmara Municipal de Ubatuba. Tal fato jamais ocorreu e provavelmente nunca ocorrerá pois o editor de O Guaruça (Luiz Roberto de Moura) não demonstrou possuir nem mesmo hombridade e caráter para expor publicamente às razões que o levaram , sem qualquer aviso, a retirar o meu nome da relação de colunistas de O Guaruçá. Quando falta hombridade e caráter não há de se supor que exista coragem para enfrentar quem quer que seja.

Se de um lado eu e os cidadãos que acompanhavam minhas matérias se surprenderam e se indignaram com a atitude do já citado editor, por outro lado se analisarmos a linha editorial de O Guaruçá não há motivos para a surpresa, pois tal revista eletrônica insiste e persiste em criticar pelo único e exclusivo prazer de criticar. São raras as vezes em que lemos algo de concreto que tenha sido efetuado em relação a denúncia apresentada. Denunciar é um Direito de todo e qualquer cidadão porém, é também uma obrigação que leva a uma responsabilidade. Tal responsabilidade se refere a obrigação de tomar as medidas cabíveis para que os responsáveis solucionem a questão. Quando o grito solitário de um cidadão não atinge seus objetivos é necessário partir para a próxima etapa, ou seja, acionar quem de Direito para solucionar a questão.

Para os poucos que possam pensar que minha crítica, ao O Guaruçá, possa estar relacionada com a atitude de seu editor, esclareço que em 04 de janeiro de 2007 sob o título Aferição do "De olho em Ubatuba" tais idéias já eram explanadas e foram publicadas nesta data em O Guaruçá.

Criei o blog com todas as minhas matérias. O endereço é http://marcosguerraubatuba.blogspot.com. Nesse novo Blog o leitor poderá ler ou reler cada uma das minhas 320 matérias escritas desde janeiro de 2007 e comparar se há ou não coerência nas idéias e ideais que apresentei e continuarei a apresentar. No final de cada matéria há uma classificação, denominada marcadores, que poderá facilitar a busca por textos nos quais assuntos semelhantes são tratados.

Em função do grande número de matérias e de outros afazeres diários ainda não consegui postar todos os textos por mim escritos. Diariamente serão postados pelo menos 10 textos no novo Blog, portanto em no máximo 30 dias todo o arquivo de minhas matérias estará disponível.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Meus 10 anos em Ubatuba - Parte 02 de ...

 Continuação do texto Meus 10 anos em Ubatuba.


Representação de 2001 ao MP sobre a fossa
Em 20 de março de 2001 protocolei junto à Promotoria do Meio Ambiente de Ubatuba (A/C Dra Elaine Taborda de Ávila) uma representação sobre a canalização da referida fossa em área verde.

Após algum tempo a prefeitura foi acionada e não obteve êxito em localizar a fossa, sendo que o proprietário do imóvel alegava desconhecer tal ilegalidade. Consegui agendar uma visita dos fiscais municipais e pessoalmente mostrei aos mesmos o local da canalização ilegal. Como o proprietário, do imóvel denunciado, alegava desconhecer tal ligação sugeri aos fiscais que tapassem com cimento a saída do esgoto localizada em área verde. Se a referida canalização não pertencia a ninguém não haveria qualquer problema interrompê-la. Passamos então ao segundo problema pois os fiscais me garantiram que a Prefeitura não teria dinheiro para o cimento e a areia necessários. Prontifiquei-me a arcar com os custos e a compra do material necessário e finalmente, após a chegada do material, a canalização foi lacrada. Com a canalização lacrada o esgoto era democraticamente devolvido a quem o gerou. Se é coincidência eu não sei mas meu querido vizinho, após uma ou duas semanas, parou de me cumprimentar e construiu uma nova fossa no jardim de sua propriedade.

Não me recordo se em 2001 ou 2002 descobri que um outro vizinho meu também compartilhava seus dejetos com a população. Por ser engenheiro esse vizinho fez uma canalização mais elaborada. O projeto realizado consistia em um cano interno que levava o esgoto a um ponto determinado da encosta. Tal cano ficava dentro de uma manilha (cano maior com furos), a qual, teoricamente, existia para transportar a água proveniente de chuveiros, tanque e quintal. Novamente acionei a Prefeitura e consegui demonstrar o que realmente ocorria. Os proprietários foram intimados a regularizar a situação e o fizeram. Não me recordo se os mesmos foram ou não multados.

Na mesma época tomei conhecimento de que um proprietário de 03 lotes na Praia Vermelha do Centro (Vermelhinha) havia resolvido construir um galpão para eventos como danceteria, exposições ou festas diversas. Fui até a prefeitura, mais especificamente à SAU - Secretaria de Arquitetura e Urbanismo, e tive então o desprazer de conhecer uma tal de Maria Lúcia Querido (Maucha). Tal funcionária demonstrando arrogância e total descaso para a questão afirmou que toda a documentação da obra estava correta. Como se não bastasse, ao ser questionada sobre os impedimentos que constavam e ainda constam na matrícula das propriedades do Sítio Santa Etelvina, a mesma lançou afirmou que a prefeitura desconhecia tais impedimentos e que os mesmos estavam simplesmente arquivados em cartório de registro de imóveis. Como não me convenci da veracidade e da lógica das informações prestadas pela arrogante e despreparada funcionária municipal, procurei maiores informações sobre a situação.

Verificando a documentação dos 03 lotes constatei que em um dos lotes havia sido constatado que a vegetação nativa havia sido suprimida ilegalmente. Como consequência tal lote não mais poderia ser utilizado. Descobri então que Maria Lúcia Querido havia aprovado a unificação dos três lotes. Com tal unificação, o lote com impedimentos simplesmente deixou de existir. Como se não bastasse, o proprietário havia aprovado em um dos lotes a construção de uma residência. Com a unificação o mesmo pretendia transformar o projeto aprovado em reforma e edificar o galpão. Novamente recorri ao Ministério Público e a edificação foi demolida.

Ainda há muito para contar e continuaremos outro dia ....

domingo, 6 de março de 2011

Meus 10 anos em Ubatuba - Parte 01 de ...

O questionamento sobre os motivos que me levam a ter uma atuação mais incisiva e constante contra alguns desmandos que ocorrem em Ubatuba tem sido uma constante. A imaginação das pessoas é bastante fértil e quando não há informação se abre espaço para a imaginação e até mesmo para a maledicência. Diferentemente do que muitos imaginam sempre tive uma postura de cobrar meus Direitos e nunca me intimidei por cargos, funções ou algum status imaginário que alguns ignorantes pensam possuir. Dentro dessa mesma linha de raciocínio não me presto a seguir ordem ou determinações sem sentido de terceiros, sejam eles quem for.

Meus pais construíram uma casa de veraneio em Ubatuba em 1981, eu e meus pais somos eleitores em Ubatuba desde 1986. Em 1988 ou 1989, quando estudava economia na FAAP - Fundação Armando Álvares Penteado, assisti uma palestra do então candidato a Presidente da República Fernando Collor de Mello. Na ocasião eu e meu grupo de amigos de faculdade ficamos bastante impressionados com as idéias e ideais apresentados por Collor. Apesar de o nome de Collor sequer aparecer com destaque nas pesquisas eleitorais, eu e meus amigos acreditamos que ele seria eleito e passados dois ou três dias da palestra, meu carro e de meus amigos já estava repleto de adesivos do Collor. Cerca de duas semanas antes das eleições comecei a sentir fortes dores nas costas e pensei se tratar de uma espécie de furúnculo. Após consultar um médico foi constatado que se tratava de um cisto sacral e que eu deveria ser operado o mais rapidamente possível. As dores pioraram e eu já não conseguia mais andar, porém me recusei a efetuar a operação antes das eleições, pois não pretendia deixar de votar. Vim para Ubatuba deitado no banco de trás do carro, votei no domingo e no mesmo dia à noite fui internado no Hospital Samaritano em São Paulo.

Em dezembro de 2000 após as costumeiras festas de final de ano resolvi permanecer em Ubatuba. Na ocasião havia terminado um curso de HTML e um de Dreamweaver (cursos referentes a linguagem para edição de páginas na internet e editor de páginas para internet respectivamente). A idéia inicial era montar um site sobre Ubatuba e vender espaços para publicidade.

Como anunciantes conscientes se preocupam mais com a qualidade do público alvo do que com a quantidade de pessoas que visualizam sua propaganda, comecei a pensar sobre como selecionar o público alvo. Veio então o seguinte raciocínio: se a grande maioria dos proprietários de imóveis em Ubatuba não residem no município é de se supor que os mesmos possuam, no mínimo, duas casas. No Brasil quem possui mais de um imóvel certamente se enquadra nas definições de classe A ou B, portanto a primeira classificação havia sido feita. Restou assim a criação de um mecanismo de acessar tal público alvo. Após algum tempo cheguei a conclusão que as Associações de Bairro seriam o meio mais fácil e prático de acessar tais proprietários. Como Associações de Bairro nunca possuem dinheiro resolvi oferecer gratuitamente a confecção de páginas para internet, desde que as mesmas estivessem vinculadas ao meu site (ubatubaguia). Após conseguir a relação das pouco mais de cem associações existentes, enviei cartas e entrei em contato telefônico com cada uma delas. Para minha surpresa apenas a Associação Amigos de Bairro do Parque Vivamar se interessou. Tive então a oportunidade de conhecer Sérgio Fragoso e sua incessante luta pela conservação e manutenção do bairro. Fiz as páginas para a Associação e continuei a pensar em outros meios de aumentar o aceso a meu site que já possuía cerca de 500 páginas.
Ocorreu-me então a idéia de procurar a Câmara Municipal de Ubatuba e oferecer aos vereadores, gratuitamente, a confecção de páginas na internet onde cada vereador poderia apresentar à população seus projetos de Lei, verificando necessidades da população e até mesmo apresentando aos demais vereadores um abaixo assinado dos cidadãos que apoiavam o projeto. Elaborei uma carta contendo essa e outras idéias do que poderia ser feito sem qualquer custo e apresentei ao então Secretário da Mesa Diretora Clingel Antônio da Frota. Fui muito bem atendido mas até hoje não recebi qualquer resposta sobre o projeto.

Andando pelas ruas da cidade percebi a quantidade de comércios que existiam no município. Pensei que seria bastante útil se tivéssemos um guia contendo os tipos de comércio e suas localizações. Nesse momento notei a ausência de placas com os nomes das ruas e a grande dificuldade de se localizar endereços pela falta de números nos imóveis. De qualquer modo de nada adianta possuir número na casa se a rua não possui placa com o nome da mesma. Resolvi criar um guia de ruas para a internet onde as ruas seriam apresentadas em ordem alfabética e ao clicar no nome da rua seria apresentado um mapa contendo a rua procurada e as ruas próximas. Ao lado seria apresentada uma visão geral do bairro e a indicação do local da rua procurada. Entrei em contato com o proprietário de um dos guias em papel de Ubatuba e solicitei autorização para a utilização de seus mapas. Obtida a autorização iniciei o trabalho de separar em mais de 255 mini mapas o mapa geral da região central de Ubatuba. Nas horas vagas tomava banho de mar na Praia do Tenório, na Vermelhinha ou simplesmente andava pelo morro onde resido. Em uma dessas caminhadas descobri que um vizinho meu (juiz de Direito e atualmente desembargador), em um ato de profunda benevolência, havia resolvido compartilhar seus dejetos, de seus hóspedes e familiares com os banhistas da praia do Tenório, ou seja, o esgoto proveniente de sua residência era jogado na área verde defronte a seu imóvel e escorria até as águas da praia do Tenório. Adivinhem como eu fiquei satisfeito em saber que havia algo mais nas belas águas do Tenório e que as águas mornas da mesma não necessariamente existiam em função de alguma corrente marítima?

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