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segunda-feira, 31 de março de 2014

9º Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo


Fonte: AMARRIBO Brasil

A nona edição do Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo volta a São Paulo em 2014. O tradicional evento realizado anualmente pela Abraji será realizado de 24 a 26 de julho em São Paulo, na Universidade Anhembi Morumbi (R. Casa do Ator, 275 – Vila Olímpia).

Desde 2005 a Abraji realiza o Congresso Internacional de Jornalismo Investigativo. No ano passado, o evento juntou-se à Conferência Global de Jornalismo Investigativo e à Conferência Latino-Americana de Jornalismo Investigativo e reuniu cerca de 1.200 participantes.

Para esta edição, estão previstos mais de 100 painéis durante os três dias de evento, incluindo sessões dedicadas à cobertura de meio-ambiente, esportes e ao jornalismo de dados. Haverá também oficinas práticas, para que repórteres aprendam técnicas de jornalismo de dados, texto e Lei de Acesso a Informações. A participação nas palestras e nos workshops voltará a ser feita por meio de inscrição prévia.

Durante o evento será realizada ainda a tradicional homenagem da Abraji a um jornalista cujo trabalho representa uma grande contribuição ao jornalismo.

O conselheiro da AMARRIBO Brasil, Fábio Oliva, estará presente na mesa “Jornalismo investigativo na imprensa regional”, programada preliminarmente para 24 de julho de 2014, das 14h às 15h30.

Os interessados poderão submeter artigos para exposição e discussão no evento. As chamadas para o envio do material estão abertas até 15 de abril. Somente cerca de 10 ou 15 artigos serão selecionados.

Os artigos deverão estar relacionados aos seguintes temas: A teoria e prática do jornalismo investigativo no Brasil, Lei de Informação no Brasil e no mundo, Aspectos Jurídicos da informação jornalística, Rac e Jornalismo guiado por dados e Pedagogia do jornalismo investigativo. Os trabalhos deverão ser obrigatoriamente inéditos. Os selecionados serão publicados em meios eletrônicos do seminário. Mais informações em: http://abraji.org.br/

sábado, 18 de maio de 2013

Dois Terços dos Jornalistas Têm Problemas para Obter Dados do Poder Executivo


 
Fonte: ABRAJI por AMARRIBO

Para celebrar o primeiro ano em vigor da Lei de Acesso no Brasil, a Abraji realizou pesquisa online com jornalistas para avaliar como a imprensa vem usando essa ferramenta – e descobrir  em que pontos a aplicação da lei ainda está deixando a desejar. De 20 de fevereiro a 9 de abril deste ano, 87 jornalistas de 14 estados diferentes responderam a um questionário objetivo que mostra como a LAI vem sendo aplicada em níveis federal, estadual e municipal e pelos poderes Executivo, Legislativo e Judiciário.

A pesquisa mostra que o poder Executivo, nas três esferas, é o que recebe o maior número requerimentos da imprensa. E também é aquele em que há o maior número de problemas. Nas três esferas territoriais, 2 em cada 3 repórteres ouvidos pela Abraji relataram problemas ao pedir informações públicas a governos. 

O relatório, disponível para download neste link e no site www.abraji.org.br , também busca compreender a natureza dos problemas relatados. Informações sobre dados administrativos – referentes a contratos, repasses e salários de servidores – são os mais citados entre aqueles que tiveram dados negados pelos governos, seja em nível federal, estadual ou municipal.

Há também relatos de negativas de acesso a dados de fiscalização – como relatórios de auditoria e procedimentos de controle interno –, mencionados por 47% dos jornalistas que pediram dados aos legislativos estaduais. Informações que expressam o posicionamento dos dirigentes públicos – como notas técnicas, ofícios, e-mails e memorandos – foram negadas a 39% dos repórteres que solicitaram dados ao governo federal ouvidos no levantamento.

Ao final da pesquisa, os jornalistas foram convidados a especificar de forma espontânea os órgãos onde encontraram mais problemas para obter informações de interesse público. Dentre as 44 entidades citadas, vale destacar a Casa Civil da Presidência, o Comando do Exército (quatro menções cada um) e Assembleia Legislativa de São Paulo (três menções).

Para o presidente da Abraji, Marcelo Moreira, a aprovação da Lei de Acesso foi “uma das mais importantes conquistas para o jornalismo brasileiro dos últimos anos” e permitiu a “mais repórteres e editores buscar informações cujo acesso antes era dificultado”. Moreira pondera que “ainda há um longo caminho a ser percorrido para que a publicidade de informações de interesse público seja observada como preceito geral e, o sigilo, como exceção”, como determina a lei. 

“Por isso jornalistas aproveitaram o aniversário da Lei de Acesso para trazer, por meio da Abraji, uma série de sugestões e reivindicações fundamentais à implementação da lei na forma prevista”, explica Moreira.
 
Sugestões
 
Entre as medidas sugeridas para o aprimoramento da aplicação da Lei, jornalistas citam a necessidade de estabelecimento de prazos para que a Controladoria-Geral da União (CGU) responda a recursos anteriormente negados em instâncias inferiores. Atualmente, não há prazo definido. Uma vez no órgão, o pedido segue o rito administrativo – ou, nas palavras de um dos jornalistas ouvidos, “cai num buraco-negro”.

Os repórteres também fizeram considerações sobre o formato dos dados disponibilizados (que nem sempre é aberto, como determina a lei); destacaram a falta de estrutura e regulamentação para cumprimento da legislação em alguns órgãos de diferentes esferas do poder; a falta de clareza quanto a obrigações de concessionárias, agências governamentais e empresas de capital misto; a repetição de respostas negativas, mesmo após a apresentação de novos argumentos; e a falta de transparência na Comissão Mista de Reavaliação de Informações, que é a última instância recursal da lei.

A Lei de Acesso (12.527/2012) foi sancionada pela presidente Dilma Rousseff no dia 18 de novembro de 2011 e está em vigor desde 16 de maio de 2012. O texto foi encaminhado pela Casa Civil ao Congresso após pressão da sociedade civil, especialmente da Abraji e das organizações do Fórum de Direito de Acesso a Informação (que é coordenado pela Abraji). Da mesma maneira, foi o acompanhamento cuidadoso de sua tramitação que evitou alterações que poderiam desvirtuar os objetivos do texto original.

Na próxima semana, a Abraji, Artigo 19. Conectas e Transparência Brasil realizam o seminário “Um ano de transparência: usos e desusos da Lei de Acesso”, em São Paulo. O evento é gratuito e vai detalhar os resultados desta pesquisa da Abraji, além de debater experiências do terceiro setor com a regra. O objetivo é fortalecer a Lei de Acesso e sugerir melhores práticas para quem precisa cumpri-la e para quem quer usá-la. O evento será realizado no campus da ESPM (r. Dr. Álvaro Alvim, 123 | metrô V. Mariana) no dia 22 de maio, quarta-feira, das 9h às 12h. As inscrições podem ser feitas pelo link.