A próxima direção nacional do PT, escolhida ontem na eleição interna do partido, não terá os condenados no julgamento do mensalão
Fonte | Estado de São Paulo
O
ex-ministro José Dirceu, o deputado federal licenciado José Genoino
(SP) e o também deputado João Paulo Cunha (SP), que atualmente integram o
diretório nacional da sigla, não foram inscritos nas chapas que vão
compor o colegiado a partir de 2014.
Lideranças do PT afirmaram que foram os próprios condenados que pediram para ficar fora da disputa.
No início da campanha interna, em agosto, o secretário nacional de comunicação do PT, Paulo Frateschi, afirmou que Dirceu não precisaria de um cargo formal para fazer política, pois continua tendo influência no partido.
O ministro Alexandre Padilha (Saúde) adotou a mesma linha, ao acompanhar o voto do ex-presidente Lula. Embora tenha dito que a ausência dos condenados é parte de um "processo de renovação natural do PT", ele afirmou que estar fora do diretório não impede a participação no interior da sigla.
O deputado Zeca Dirceu (PT-PR), filho do ex-ministro, concorreu a uma cadeira no diretório pela chapa "O Partido que Muda o Brasil", que apoiou a reeleição de Rui Falcão como presidente do PT.
A mesma chapa conta com Monica Valente, mulher do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares, também condenado no julgamento do mensalão.
Monica é cotada para uma vaga na Executiva Nacional, principal órgão de deliberação do partido, com 20 integrantes. Delúbio não tem cargo de direção e também não integrou nenhuma chapa.
O STF (Supremo Tribunal Federtal) deve retomar o julgamento do mensalão nesta semana, com a análise do segundo lote de embargos de declaração. Já os embargos infringentes, aos quais Dirceu, Genoino, João Paulo e Delúbio têm direito, serão apreciados em 2014.
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