sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Somos Tomadores de Decisões

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Texto: Elias Penteado Leopoldo Guerra

Somos tomadores de decisões das quais nossa vida depende, quer tenhamos consciência disto ou não. Mudar é dar uma nova forma ao existente, transformar é criar algo novo, diferente. Se quisermos nos transformar, isto é, se queremos transformar a nossa realidade interior, é necessário que se tenha consciência de quem somos, qual é a nossa essência, aquilo que é fundamental que não muda nunca, que é a nossa verdadeira realidade.

Como não podemos mudar o mundo, transformar a realidade exterior só é possível na medida em que consigamos transformar a nossa realidade interior – o que efetivamente somos. Somente exclusivamente nós mesmos podemos fazer isto, eis que ninguém poderá fazê-lo por nós.

O Psicodrama se propõe propiciar essa transformação interior, o surgimento da consciência que possibilitará a nossa autotransformação, a qual somente nós poderemos fazê-la. Essa consciência já existe entro de nós, mas de uma forma não manifesta – é como se estivéssemos dormindo – por isso é preciso o despertar, ter a percepção dela, compreender quem realmente somos, qual nosso papel na existência, qual a nossa missão e a razão de existirmos no Universo, eis que nossa natural realidade é que somos todos um, somos todos parte do Universo.

O desconforto, o mal estar, sofrimento surge porque perdemos a percepção de quem somos. O propósito do Psicodrama é o despertar dessa consciência e é por esta razão que somente nós próprios podemos fazê-lo. Na realidade não perdemos essa consciência, pois ela é a essência de quem somos; o que se busca é o seu despertar para que tenhamos a percepção de quem realmente somos e, assim, compreendermos porque estamos aqui, já que nosso sofrimento é consequência de não estarmos conscientes disso.

Não tendo esta consciência, nos relacionamos com o mundo exterior preocupados com o que acontecerá, eis que a realidade exterior é impermanente, mutável e transitória, sendo a causa do nosso sofrimento a insegurança do que acontecerá no futuro, pois cremos depender de algo que não depende de nós, que não poderemos mudar. Esta é a razão porque a transformação somente pode ocorrer dentro de nós, em nosso mundo interior, fazendo que o nosso relacionamento com a realidade exterior seja consequência dessa transformação interior, tornando-nos desta forma independente da realidade exterior em constante mudança.

O Psicodrama se propõe, portanto, a facilitar que a pessoa perceba sua essência interior, quem realmente ela é, e, desta forma, transformar seu relacionamento com o mutável mundo exterior, encontrando assim novas formas de se relacionar com a realidade externa, encontrando novas soluções para seu relacionamento com a Existência.

O Psicodrama busca mostrar novos caminhos para a pessoa, que adquire a capacidade de escolher, por sua decisão, seus caminhos deixando de se preocupar com o futuro, lembrando que, na realidade, não existem caminhos, mas sim existe o caminhar – opções de novas formas de se relacionar com as constantes mudanças encontrando novas soluções, o que lhe dá segurança que resolverá os problemas dos eventos futuros por si própria, sem depender de ninguém, nem da sorte, tendo a segurança que esse processo não se extinguirá no próprio evento do Psicodrama, mas que a sua capacidade adquirida lhe permitirá opções adequadas e se perpetuará, dando-lhe autoconfiança e segurança.

A imagem que reflete esta nova realidade é a de se dar uma lanterna para a pessoa na escuridão, para enxergar para onde quer ir, lanterna que levará sempre consigo, tendo a segurança de que encontrará por si mesma suas opções na Vida, não dependendo de ninguém, o seja, poderá obter resultados permanentes para as incertezas do futuro, pois a tranquilidade surgirá do fato que dependerá somente de si própria.

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