terça-feira, 15 de abril de 2014

Bibi Confessa Não Possuir Poder Junto a Moromizato

Texto: Marcos Leopoldo Guerra

Na última sessão da Câmara de Ubatuba, de 08 de março de 2014, o até então vereador Bibi do PT agiu como aquelas moças de mini saia e salto alto que se abaixam para pegar o dinheiro que caiu no chão e acabam mostrando o que não deve.

Durante a sessão, assim que a proposta absurda de Moromizato, de disfarçadamente incluir a cor vermelha do PT como uma das cores oficiais do município, foi colocada em discussão, o até então vereador Bibi, se antecipou e atropelou os demais vereadores, apresentando sua opinião sobre o tema. Diferentemente do que todos poderiam imaginar Bibi solicitou que os demais vereadores votassem contra a matéria, argumentando que o Executivo deveria se preocupar com assuntos mais importantes. Cabe esclarecer que referida situação não significa que Bibi teve um lampejo de bom senso, que tenha acordado de seu sono profundo ou que tenha voltado do país das maravilhas que somente Moromizato e seu bando conseguem ver. Na realidade foi mais uma ação infantil de Bibi, tentando ludibriar a população.

Preliminarmente é bom esclarecer que as sessões de toda e qualquer Câmara são, na realidade, um teatro, no qual o resultado das votações já é sabido antes mesmo delas ocorrerem. Não estou querendo afirmar que se trata de fraude e sim de algo legítimo, ao menos em tese, eis que através da consulta anterior de voto há a possibilidade de articulação e até mesmo de tomada de medidas extremas como retirada da matéria a ser votada ou pedido de adiamento da votação.

Na tarde do dia 08 de março de 2014, com apenas dois telefonemas, eu já tinha conhecimento de que a alteração da Lei Orgânica proposta por Moromizato não seria aprovada, pois os vereadores Claudinei Bastos Xavier, Flávia Pascoal, Julião e Ivanil votariam contra a inclusão da cor vermelha nas cores oficiais de Ubatuba. Toda e qualquer alteração na Lei Orgânica depende da aprovação de 2/3 dos vereadores, devendo ainda a matéria ser submetida a duas votações. Portanto, com quatro votos contrários, a matéria não seria aprovada e os demais vereadores favoráveis ao vermelho do PT seriam voto vencido, expondo-se ao ridículo perante os cidadãos honestos e conscientes que estão muitos felizes com as cores azul e branco que representam Ubatuba oficialmente.

Para alguns o ato de Bibi de se posicionar contra a alteração das cores oficiais de Ubatuba, pode ser considerado como um ato de esperteza do mesmo, porém, devemos analisar a questão sobre outro ângulo. No presente caso, há duas hipóteses, para a decisão de Bibi. Na primeira hipótese Bibi se amedrontou diante da opinião da população presente na sessão da Câmara, optando assim por abandonar o barco e deixar Moromizato se afogar. Na segunda hipótese Bibi, demonstrando mais uma vez sua total falta de noção, somente na Sessão tomou conhecimento que os 2/3 significa que a matéria necessitava de sete votos favoráveis para ser aprovada. Independente de qual hipótese seja verdadeira, o fato irrefutável é que Bibi demonstrou que não possui o menor poder de convencimento junto a Moromizato pois, caso contrário, teria discutido junto ao Executivo a insatisfação popular com o tema, aconselhando e convencendo Moromizato a mudar de opinião.

Caso Bibi realmente tivesse um mínimo de poder junto ao PT e a Moromizato, teria, antes da votação chacoalhado, as mãos, a cabeça e a cadeira como se o celular estivesse no modo vibrador, pediria a palavra ao Presidente e afirmaria que acabara de receber uma determinação do suposto prefeito Moromizato, determinando a retirada do projeto. 

De nada adianta Bibi citar nomes de secretários que não deveriam estar na administração, sendo que já é de conhecimento público que os citados cairão e tal fato não possui qualquer ligação com a vontade ou suposta influência de Bibi. Ao mostrar seu repúdio a Papp - secretário de esportes, Sérgio Maida  e Afonso Ricca, Bibi apenas tentou passar a impressão de que é ouvido por Moromizato. Ao não impedir que a proposta de alteração das cores oficiais fosse votada, Bibi comprovou não possuir qualquer poder ou noção básica de política. 

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