No dia 02 de abril, às 10:00 horas, no antigo prédio da Câmara de Ubatuba, ocorreu a reunião para a apresentação do projeto da obra da "reurbanização" da Rua Guarani. Estiveram presentes o prefeito Eduardo Cesar com alguns secretários e assessores. No total eram cerca de 50 pessoas entre comerciantes, imprensa e demais interessados. Luis Felipe Azevedo (ex secretário de Turismo e ex Ouvidor) teve um papel bastante importante na reunião, pois o mesmo conseguiu, quando necessário, intervir impedindo que o desgaste entre as partes saísse do controle.
O prefeito Eduardo Cesar, finalmente assumiu o erro cometido com relação a proposta de asfaltar a rua Guarani e alegou não ter medido esforços, junto ao Governo do Estado, para a adequação do projeto no sentido de manter os paralelepípedos. Uma observação e recomendação bastante interessante e até mesmo oportuna de Eduardo Cesar, se refere ao charme da Rua Guarani e a sua descaracterização. Nesse sentido Eduardo Cesar enfatizou que os comerciantes da Rua Guarani deveriam lutar para que as próprias construções ou reformas fossem regulamentadas no intuito de impedir obras que descaracterizassem a Rua Guarani, ou seja, de nada adianta manter os paralelepípedos, por razões estéticas, e permitir obras que não sejam condizentes com os mesmos.
Hélio Camargo, na qualidade de proprietário de imóvel da Rua Guarani e na qualidade de engenheiro, com capacitação profissional mais do que suficiente para discutir aspectos técnicos da obra, se manifestou com bastante propriedade, no que tange a prazos de execução e metodologia de execução da obra, sempre se referindo a preocupação de gerar o menor impacto possível na vida dos comerciantes e no próprio fluxo do tráfego da Rua Guarani. Hélio Camargo conseguiu a promessa de que Eduardo Cesar, doravante, passará a inserir em suas apresentações de realizações de obras, referências ao Governo do Estado de São Paulo, pois somente graças ao governo do PSDB, há dinheiro para as obras de Ubatuba.
A reunião poderia ter sido muito mais proveitosa se mais pessoas estivessem presentes, porém não podemos criticar comerciantes ou outros interessados que foram avisados na sexta-feira, em cima da hora, ocasião em que já poderiam ter assumido outros compromissos. O que mais afligia os comerciantes e que gerou a criação de abaixo-assinado e até mesmo o envolvimento da promotoria, aparentemente foi solucionado. Na realidade, no sábado, foi a primeira vez que houve uma discussão mais ampla sobre o que será feito e como será feito.
Eduardo Cesar fez questão de dizer que o canal de comunicação entre comerciantes e prefeitura continuará aberto para que outras dúvidas possam ser sanadas. Como havia apenas quatro comerciantes que estavam presentes na reunião ocorrida há mais ou menos dois anos, é difícil saber se novas divergências poderão ser apresentadas.
Pelo que pude observar o grande problema atual diz respeito aos bolsões de estacionamento que eram considerados como prioridade no projeto dos comerciantes e que não foram concretizados no projeto da prefeitura. A obra deverá se estender por aproximadamente 10 meses e a sensação que ficou, no final da reunião, foi que o sacrifício de passar por 10 meses com o comércio sendo prejudicado pelas obras, talvez não seja compensado com o que resultar da obra.
A vida é um constante processo de aprendizagem. Espero que Eduardo Cesar tenha percebido que a falta de comunicação com a população pode levar a prejuízos irreparáveis. Com relação aos cidadãos creio que a experiência foi extremamente proveitosa, pois, ficou mais do que provado que um grupo de pessoas determinadas e com um objetivo comum se tornam invencíveis. A própria falta de apoio de diversos segmentos da sociedade e em especial da imprensa, que se omitiu e sequer deu voz aos comerciantes, foi bastante útil, pois ficou provado que a sociedade não necessita do apoio e da colaboração dessas pessoas.
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