Para que o encontro seja um intenso processo de comunicação, tornando-se a oportunidade de realização própria através do outro, é fundamental que haja, de ambas as partes, espontaneidade e autenticidade e assim a capacidade de aceitar a autenticidade do outro, mesmo que seja diversa da sua.própria, isto é, aceitar todas as potencialidades do outro e assim reconhecer a pessoa que o outro teria a capacidade de se tornar por sua criação. É a oportunidade de perceber o outro como uma pessoa com capacidade de um desenvolvimento interior criativo; isto ocorre porque se atua no momento presente, no aqui e no agora, pois a essência da relação é objeto do passado mas é vinvenciada no presente.
Esta relação Eu-Tú é a terapia vivencial, relacional, que ocorre no presente e não se foca no passado, que já não mais existe. É uma terapia direta e presencial criada pelo autêntico relacionamento, no qual se respeita mutuamente como cada um realmente é não como julgamos ou gostaríamos que fosse.
O processo terapêutico ocorre então no aqui e agora através de um relacionamento vivencial entre terapeuta e cliente, sendo o papel do terapeuta facilitar o processo, enquanto se relaciona pessoalmente e simultâneamente. Esta é a relação Eu-Tú, uma relação de reciprocidade, de experienciação mútua um do outro, ou seja, um mútuo aprendizado de viver.
O trabalho do terapeuta, como facilitador do processo, tem a responsabilidade de criar um clima envolvente e propício para o crescimento do cliente e, por consequência, do seu próprio crescimento.
O encontro só existe se há sentimento de respeito autêntico e mútuo entre o Eu e o Tú; não é algo que exista no Eu tendo como objeto o Tú, mas é algo que existe entre ambos, pelo qual cada um assume a responsabilidade pelo outro, com aceitação total, independentemente de quem sejam; o que as duas pessoas sejam não tem significado algum, o que importa é a essência da pessoa, que as torna iguais e é por esta razão que existe a reciprocidade.
O respeito é que torna a relação autêntica e por esta razão é fundamental se ver a totalidade da pessoa, sua essência, seja qual for sua natureza; portanto a condição básica do encontro é a aceitação integral de sí e do outro.
A pessoa (Eu) só se torna plena e integral quando em relação com a outra pessoa (Tú.)
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