Fonte: AMARRIBO Brasil
Centenas de organizações de interesse público ao redor do mundo
enviaram hoje uma mensagem ao Presidente da Assembleia Geral das Nações
Unidas, John Ashe, e aos líderes nacionais, solicitando medidas mais
duras para garantir o fim do desvio de recursos públicos causado pela
corrupção. Tais recursos poderiam ser utilizados para reduzir a
mortalidade infantil, assegurar educação para todos, fornecer água
potável, garantir saúde de qualidade e reduzir os danos da mudança
climática. Metas essas, propostas pelos Objetivos do Milênio (ODM).
As organizações advertem que os governos deveriam tomar medidas
efetivas para acabar com a cultura do sigilo, que beneficia os
corruptos, e trabalhar para preencher as lacunas das leis que são
tolerantes com aqueles que cometem atos de corrupção e garantem a
impunidade. Os governos ainda devem acabar com as barreiras que impedem
as agências governamentais recuperarem ativos roubados. As organizações
fazem parte de uma rede global, a Coalizão UNCAC,
que trabalha para ajudar os governos a implementar da melhor forma a
Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção (UNCAC), que leva a
assinatura do Brasil e que comemora 10 anos.
A Assembleia Geral da ONU está reunida hoje mais de 130 líderes
mundiais e 60 ministros estão deliberando sobre o alcance dos Objetivos
do Milênio e a agenda para 2015. Com este cenário, a Coalizão UNCAC -
representando as 350 organizações que a compõe - enviou uma carta
para o Presidente Ashe enfatizando que a corrupção é uma enorme
barreira para o avanço dos Objetivos do Milênio, seja agora ou seja no
futuro. A carta, assinada pelo Presidente da Coalizão, Vincent Lazatin,
expressa que "a corrupção não é um crime qualquer. A corrupção causa
danos irreversíveis e destrói a vida de milhares de pessoas ao redor do
mundo. Prejudica o desenvolvimento econômico e gera desigualdade e
injustiça. A corrupção viola os direitos humanos e a dignidade das
pessoas".
A carta inclui uma Declaração da Coalizão
que recomenda decisões concretas que devem ser tomadas no Panamá,
relacionadas a prevenção e combate à corrupção. Esta Declaração também
foi enviada aos ministros e funcionários dos 167 países que assinaram a
Convenção, e que se preparam para participar da Cúpula dos Chefes de
Estado no Panamá, entre 25 e 29 de novembro de 2013. Lazatin lembra os
líderes que "as pessoas ao redor do mundo estão exigindo grandes
mudanças. Já é hora de agir".
Sobre a Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção (UNCAC)
A Convenção das Nações Unidas Contra a Corrupção (UNCAC) é o único
marco legal abrangente para combater a corrupção em todo o mundo . É um
acordo vinculativo entre 167 países sobre as normas e requisitos para
prevenir, detectar , investigar, combater e punir a corrupção.
Sobre a Coalizão UNCAC
A Coalizão UNCAC , formada em 2006 , é uma rede de mais de 350
organizações da sociedade civil em mais de 100 países. Destina-se a
promover a ratificação, implementação e monitoramento da Convenção das
Nações Unidas contra a Corrupção.
Sobre os Objetivos do Milênio (ODM)
Os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio são oito metas estabelecidas
após a Cúpula do Milênio das Nações Unidas em 2000. São elas:
erradicação da pobreza e da fome, educação universal primária para
todos, igualdade de gênero, redução da mortalidade materna e infantil,
combate à doenças, garantia da sustentabilidade ambiental e fomento de
uma parceria para o desenvolvimento global.
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