texto enviado por: Evely Reyes Prado
Naquele mês de dezembro ele estava muito irritado; num determinado dia ele perdeu totalmente o bom senso e mediante o emprego de uma pá, simplesmente executou sua cachorra, com inúmeras pancadas na cabeça e no corpo. As testemunhas oculares desta horripilante cena de barbárie tentaram interceder junto ao médico, indignadas com o que se desenrolava, mas tudo ocorreu com muita celeridade.
O corpo do sofrido animal foi arrastado pelo jardim e chegou a marcar a grama pelo seu porte e peso. De imediato foi jogado na caçamba de um veículo que minutos depois partiu em alta velocidade na direção da Serra de Taubaté.
A sequência dos fatos criminosos não foi explicada aos presentes. O médico dignou-se a declarar que a cachorra era de sua propriedade e que, portanto faria o que bem entendesse!
Perplexos com a cena, as testemunhas registraram com fotos a pá utilizada pelo médico em seu acesso de fúria, o pano que arrastou a cachorra até o carro, um dos três cachorros que permaneceram na casa, o rastro deixado na grama, e também a corrente e a coleira retorcida que estavam atadas ao pescoço da cachorra quando foi puxada pelo jardim, após o espancamento.
A violência contra animais é reconhecida como indicador de uma anormalidade psíquica e geralmente não se limita a estes seres indefesos. Segundo Albert Schweitzer, cientista humanitário, ganhador do Premio Nobel da Paz em 1952, “quem quer que tenha se acostumado a desvalorizar qualquer forma de vida corre o risco de considerar que vidas humanas também não têm importância”.
No estudo aprofundado para definir o perfil psicológico de assassinos em série, realizado de forma científica no FBI (Federal Bureau of Investigation) que é um órgão investigativo criminal de âmbito federal dos Estados Unidos, considerou-se a crueldade contra os bichos um pressuposto, pois frequentemente enquanto crianças, os autores iniciam seu percurso agressivo matando e torturando animais.
Muito triste esse lado perverso do ser humano que escolhe os bichos como suas vítimas!
Embora a legislação pertinente exista no Brasil, ela é considerada muito branda com relação aos autores destes crimes contra animais, pois as aplicações das penas são convertidas em prestação de serviços comunitários ou em fornecimento de cestas básicas.
Os bichos são considerados seres inferiores e seus direitos encontram-se inseridos num corpo de normas relacionadas ao Meio Ambiente, que trata das coisas da Natureza. O Homem se entende no Universo como um ser muito superior, acreditando não ter nenhum tipo de envolvimento com tudo que o cerca e pensando ser o único a sentir dor e sofrimento.
Mas existem muitas pessoas sensíveis à causa animal, inúmeros protetores que ao longo dos anos, de acordo com a evolução do sentimento humanitário tendem a transformar o panorama nacional com novas propostas e muita discussão a respeito. Como exemplo desse progresso pelo bem estar animal é importante ressaltar que no inicio do próximo mês de agosto, na cidade de São Paulo, pela primeira vez a questão animal vai ser discutida, precisamente no XI Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente. A senciência animal, as lacunas e deficiências da legislação sobre fauna, tráfico de animais silvestres, a questão animal na sociedade contemporânea, crueldade e diversos outros temas de suma importância serão abordados pelos inúmeros defensores e palestrantes inscritos.
Já é tempo das pessoas entenderem que o desrespeito em relação aos bichos bem como para com a Natureza só colabora com o aumento da discórdia e das desigualdades sociais, pois violência só gera mais violência. Punir um indivíduo que pratica maus-tratos ou crueldade contra os animais é agir preventivamente, evitando eventuais crimes contra pessoas.
Acredito que nada justifica um ato agressivo e a partir do momento em que ele acontece é porque o discernimento está completamente prejudicado e a sensatez não mais existe!
Onde não há o entendimento e a oportunidade para uma conversa, a sabedoria perde a vez. A repreensão mediante o emprego de palavras deve ser exercitada também com os animais, pois eles sabem muito bem entender o significado delas.
Não imagino qual explicação que este indivíduo, personagem verídico do início deste texto, pode dar perante o Juiz de Direito na audiência que deverá comparecer, na cidade de Ubatuba, no próximo dia 29 de julho.
Para minha tristeza e de todas as pessoas protetoras de animais que tomaram conhecimento dos fatos, o sofrimento da cachorra deve ter sido imenso, não só pela dor física sentida diante de cada pancada recebida, como pela angustia de não entender o porquê de tamanha atrocidade.
Os bichos domésticos elegem seus donos como se seus líderes fossem. Convivem com eles em total confiança, obediência e dependência, dedicando todo seu amor e fidelidade até seu último suspiro!
Essa infeliz cachorra não soube o que lhe aconteceu e nem o porquê, mas seu algoz tem perfeita noção de tudo que praticou, embora provavelmente não tenha a coragem e nem a decência de ao menos confessar!
É um vândalo!
Penso que não há nenhum argumento plausível para tamanha violência!
Que bom seria se tudo não passasse de um pesadelo!
O corpo do sofrido animal foi arrastado pelo jardim e chegou a marcar a grama pelo seu porte e peso. De imediato foi jogado na caçamba de um veículo que minutos depois partiu em alta velocidade na direção da Serra de Taubaté.
A sequência dos fatos criminosos não foi explicada aos presentes. O médico dignou-se a declarar que a cachorra era de sua propriedade e que, portanto faria o que bem entendesse!
Perplexos com a cena, as testemunhas registraram com fotos a pá utilizada pelo médico em seu acesso de fúria, o pano que arrastou a cachorra até o carro, um dos três cachorros que permaneceram na casa, o rastro deixado na grama, e também a corrente e a coleira retorcida que estavam atadas ao pescoço da cachorra quando foi puxada pelo jardim, após o espancamento.
A violência contra animais é reconhecida como indicador de uma anormalidade psíquica e geralmente não se limita a estes seres indefesos. Segundo Albert Schweitzer, cientista humanitário, ganhador do Premio Nobel da Paz em 1952, “quem quer que tenha se acostumado a desvalorizar qualquer forma de vida corre o risco de considerar que vidas humanas também não têm importância”.
No estudo aprofundado para definir o perfil psicológico de assassinos em série, realizado de forma científica no FBI (Federal Bureau of Investigation) que é um órgão investigativo criminal de âmbito federal dos Estados Unidos, considerou-se a crueldade contra os bichos um pressuposto, pois frequentemente enquanto crianças, os autores iniciam seu percurso agressivo matando e torturando animais.
Muito triste esse lado perverso do ser humano que escolhe os bichos como suas vítimas!
Embora a legislação pertinente exista no Brasil, ela é considerada muito branda com relação aos autores destes crimes contra animais, pois as aplicações das penas são convertidas em prestação de serviços comunitários ou em fornecimento de cestas básicas.
Os bichos são considerados seres inferiores e seus direitos encontram-se inseridos num corpo de normas relacionadas ao Meio Ambiente, que trata das coisas da Natureza. O Homem se entende no Universo como um ser muito superior, acreditando não ter nenhum tipo de envolvimento com tudo que o cerca e pensando ser o único a sentir dor e sofrimento.
Mas existem muitas pessoas sensíveis à causa animal, inúmeros protetores que ao longo dos anos, de acordo com a evolução do sentimento humanitário tendem a transformar o panorama nacional com novas propostas e muita discussão a respeito. Como exemplo desse progresso pelo bem estar animal é importante ressaltar que no inicio do próximo mês de agosto, na cidade de São Paulo, pela primeira vez a questão animal vai ser discutida, precisamente no XI Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente. A senciência animal, as lacunas e deficiências da legislação sobre fauna, tráfico de animais silvestres, a questão animal na sociedade contemporânea, crueldade e diversos outros temas de suma importância serão abordados pelos inúmeros defensores e palestrantes inscritos.
Já é tempo das pessoas entenderem que o desrespeito em relação aos bichos bem como para com a Natureza só colabora com o aumento da discórdia e das desigualdades sociais, pois violência só gera mais violência. Punir um indivíduo que pratica maus-tratos ou crueldade contra os animais é agir preventivamente, evitando eventuais crimes contra pessoas.
Acredito que nada justifica um ato agressivo e a partir do momento em que ele acontece é porque o discernimento está completamente prejudicado e a sensatez não mais existe!
Onde não há o entendimento e a oportunidade para uma conversa, a sabedoria perde a vez. A repreensão mediante o emprego de palavras deve ser exercitada também com os animais, pois eles sabem muito bem entender o significado delas.
Não imagino qual explicação que este indivíduo, personagem verídico do início deste texto, pode dar perante o Juiz de Direito na audiência que deverá comparecer, na cidade de Ubatuba, no próximo dia 29 de julho.
Para minha tristeza e de todas as pessoas protetoras de animais que tomaram conhecimento dos fatos, o sofrimento da cachorra deve ter sido imenso, não só pela dor física sentida diante de cada pancada recebida, como pela angustia de não entender o porquê de tamanha atrocidade.
Os bichos domésticos elegem seus donos como se seus líderes fossem. Convivem com eles em total confiança, obediência e dependência, dedicando todo seu amor e fidelidade até seu último suspiro!
Essa infeliz cachorra não soube o que lhe aconteceu e nem o porquê, mas seu algoz tem perfeita noção de tudo que praticou, embora provavelmente não tenha a coragem e nem a decência de ao menos confessar!
É um vândalo!
Penso que não há nenhum argumento plausível para tamanha violência!
Que bom seria se tudo não passasse de um pesadelo!
Infelizmente o ser humano é dotado de uma arrogancia nata ,onde se acha a unica criatura digna de inteligencia e acaba condenando seres vivos a seu criterio como irracionais ,ainda bem que os animais nao agem como seres racionais: como nos que temos consciência e acabamos comentendo crimes terriveis ,quando um animal comete um crime é pra se defender ou entao pra se alimentar.cada dia que passa prefiro os animais aos seres humanos(racionais e crueis).somos uma sociedade que deveria valorizar e aprender a entender os animais .
ResponderExcluirÉ, um ato criminoso, grotesco e horrível. Pobre animal.
ResponderExcluirMas não se justificam comentários como o de que "o Homem se entende no Universo como um ser muito superior, acreditando não ter nenhum tipo de envolvimento com tudo que o cerca e pensando ser o único a sentir dor e sofrimento". Não sou assim. E os que são assim são, felizmente, minoria absoluta.
Ou comentários como "cada dia que passa prefiro os animais aos seres humanos(racionais e crueis)". Quem escreveu também é um ser humano, obviamente, e como pode escrever isso? Que "prefere" os animais? Não temos pais e mães, filhos e filhas, irmãos e irmãs, parentes,amigos, até desconhecidos, que merecem nosso integral amor, acima dos animais?
Sei que foi num sentido figurado. Mas o exagero foi contrário à intenção.
Ainda: cabe ao juiz arbitrar a punição, dentre as previstas na lei. Se a lei é frouxa - como é também com os crimes contra humanos, em alguns casos - como podemos mudá-la? Ou como podemos influenciar a consciência dos árbitros da lei, para que imponham as penas mais severas?
Caro Carlos,
ResponderExcluirA grande questão não está exatamente nas Leis e nas punições delas decorrentes. Na realidade a solução está em cada um de nós, pois somente através de uma sociedade consciente do siginificado de vida em sociedade é que as mudanças ocorreram. Não precisamos de mais Leis ou Leis mais rígidas, basta que as atuais sejam cumpridas, basta que cada cidadão se torne um fiscal da vida em comunidade, onde as pessoas passariam a pensar duas vezes antes de cometer algum ato impensado, pois a punição seria imediata e dada por um outro cidadão que simplesmente isolaria o ser sem conciência do convívio dos demais.
Na realidade deveríamos fazer o mesmo que fazemos com creianças quando agem de modo inadequado. Não adianta bater, a melhor solução é sempre tirar algo que seja importante para a criança por um tempo determinado ou até mesmo colocá-la de castigo sem contato com outros, também por um tempo determinado.
Em resumo: Conscientização do sentido de vida em comunidade é, no meu entender, a chave para a solução da grande maioria dos problemas que vivenciamos.
Um abraço,
Marcos Leopolodo Guerra
Não podemos ser tão idealistas, Marcos. Claro que a educação resolve (quase) tudo. Mas vivemos no mundo real, onde a educação está falhando cada vez mais. Então...
ResponderExcluirPor outro lado, as leis - e suas punições - existem para os que não têm educação (em todos os sentidos). É um contrato, com benesses e penalidades, simplesmente. Aplicar suas regras, é disto que estou falando.
Existe algum abaixo assinado solicitando punição para o assassino?
ResponderExcluirE'..INFELISMENTE A LEI NO BRASIL SO FICA NO PAPEL
ResponderExcluirE CADEIA PRA ESTE CANALHA E' POUCO!!
DESCULPE FALAR ASSIM..MAS TO INDIGNADA COM ESTE CASO.
Esse monstro que cometeu essa atrocidade com sua própria cachorra, ainda teve a cara de pau de dizer na audiência, que por ser médico, acha humilhante cumprir a sua pena de realizar trabalhos no Centro de Zoonose de Ubatuba (mesmo sendo apenas uma hora por dia, uma vez por semana, durante três meses)
ResponderExcluirEspero que pelo menos ele cumpra oque lhe foi imposto pela justiça!